Taubaté, cidade paulista, localizada no Vale do Paraíba é vista aqui de sua parte alta. De fato, uma bela cidade cortada por um rio histórico (Rio Paraíba do Sul) e, lá no fundo da foto, o município acaba ainda mais embelezado pelo azul reconfortante da Serra da Mantiqueira. 300 e tantas mil pessoas vivem por aqui governadas por políticos geralmente esculhambados, passando muitos deles mais tempo nos tribunais se defendendo de acusações do Ministério Público do que em seus gabinetes de trabalho. Parece que o taubateano se acostumou com a esculhambação geral e, talvez  por isso, sempre dá uma mãozinha ao pior. Na última eleição presidencial, Bolsonaro saiu da cidade com mais de 70% dos votos. Na semana passada, um boletim do PCO informava que o desemprego alcança 20% da mão de obra local. Portanto, a situação não é nada boa. Mas olhando da parte alta nunca falta beleza na terra onde Monteiro Lobato teve livros queimados e, em 2017, a Defensoria Pública entrou com ação exigindo que bandeiras do Império fossem retiradas da praça principal e de uma importante avenida central. Resumindo: monarquistas e bolsonaristas sustentam de mãos dadas o atraso politico do município. Hoje, com tristeza  e muita revolta, escrevo que nessa terra de bandeirantes matadores de índios e que se forjou com negros sendo trucidados por viscondes e barões, não faltou quem ficasse feliz e até festejasse a morte do jornalista e democrata  Paulo Henrique Amorim. 

Texto e foto Silvio Prado